A psicologia nasceu com a ideia de que corpo e mente são distintos, onde alguns filósofos e cientistas naturalistas contribuíram para essa forma de pensar.

O dualismo corpo e mente aparece no pensamento de Platão (século IV a.C.) quando afirma que o corpo pertence ao mundo material e a alma (ou mente) ao mundo das ideias, e Aristóteles (século IV a.C.) afirma que alma e corpo são inseparáveis: a alma na verdade pertence ao corpo. Esse dualismo abre portas mais tarde para René Descartes (1596-1650) aprofundar seus estudos na relação corpo e alma.

Descartes escreveu em seu primeiro trabalho que a mente é imaterial, faz seu trabalho de pensar e “mora” na glândula pineal, e o corpo é uma máquina operada por fluídos. A alma era capaz de perceber o movimento dos fluidos, introduzindo o conceito de consciência, podendo ser influenciada por eles e interferir no fluxo.

Johann Friedrich Herbart em 1816 em Compêndio de psicologia, descreve uma mente dinâmica com uma consciência e um inconsciente. Charles Darwin propõe que as características são herdadas, na teoria da evolução. Pierre Paul Broca descobre em 1961, que o lado esquerdo e direito do cérebro tem funções diferentes.

JeanMartin Charcot (1825-1893) é considerado o fundador da neurologia moderna, e buscou compreender a relação entre psicologia e fisiologia. Estudou a histeria, uma doença muito comum entre as mulheres em sua época, seu trabalho serviu de base para Sigmund Freud, seu aluno, a desenvolver a psicanálise.

O primeiro laboratório de psicologia comportamental foi fundado em 1879 por Wilhelm Wundt, na Alemanha.Enquanto a psicologia comportamental se desenvolvia nos laboratórios, a psicanálise de Freud tinha como campo as histéricas que precisavam de tratamento e não havia nada adequado e comprovado. Aí surgem as primeiras técnica e conceitos para a psicoterapia ou análise (como os psicanalistas chamam o processo do tratamento).

Outros médicos e cientistas também desenvolviam suas conceituações e técnicas, como o médico psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, que foi discípulo de Freud, mas por divergências teóricas romperam, desenvolveu a psicologia analítica ou junguiana.